Kyra Piscitelli, do Aplauso Brasil (kyra@aplausobrasil.com)

O Theatro São Pedro, em São Paulo, recebeu quarta-feira (24), a Terceira Edição do Prêmio Aplauso Brasil de Teatro (uau!! Chegamos a terceira e a quarta já está sendo preparada).
A noite não poderia ter sido mais linda. Elias Andreato e Ana Cecília Costa abrilhantaram a noite como apresentadores. O maestro Ricardo Severo ficou responsável pela trilha e emocionou. Reunimos ídolos do teatro e uma nova geração talentosa e arrojada.
Homenagens aos consagrados como Laura Cardoso e Edwin Luisi, que choraram e nos emocionaram, sendo aplaudidos em pé demoradamente. Tivemos também prêmios para os corajosos Felipe de Carolis e Fioravante Almeida. Dois atores de uma geração disposta a oferecer o melhor ao teatro. Felipe trouxe o belíssimo Incêndios para a cena e Fioravante encarou o desafio de montar Muro de Arrimo, um clássico encenado por Antonio Fagundes. Dois produtores, atores e jovens que merecem atenção.

Marisa Orth, com simpatia única, atendeu fãs e mostrou por que o público a premia. E ela sentenciou “vida Longa Ao Prêmio Aplauso”. Caco Ciocler, que encara os projetos com paixão única e afinco, falou desse amor e anunciou seu próximo projeto: a peça Cesar – o quinto fruto da parceria dele com o diretor Roberto Alvim. Vale lembrar que ele ganhou como melhor ator coadjuvante por Terra de Ninguém, dirigida por Alvim.
O estilista Fabio Namatame, que prefere os bastidores, foi receber prêmio pelo figurino de Caros Ouvintes. Declarou amor ao projeto, a todos envolvidos e ao homem do teatro Otavio Martins, dramaturgo e diretor do espetáculo.
O Prêmio Aplauso Brasil dá espaço para comédia, drama e todos os gêneros. Reconhece projetos como a Escola Livre de Teatro (ELT), exemplo de resistência, homenageia o Sesc, que respira arte para todos. Dá espaço aos grupos como o vencedor Cia. Zipt Zapt, por A Farsa do Advogado Pathelin.
Nem todos puderam comparecer, mas os depoimentos, em vídeo, de Danilo Miranda – diretor regional do Sesc São Paulo – e do ator Alexandre Borges comoveram e mostraram a importância do prêmio ganhar ainda muitas outras edições.

Ivam Cabral e Rodolfo Garcia Vazquez, que comandam Os Satyros, não puderam ir. Mas enviaram representantes representando o novo e a tradição do grupo, já passado de 25 anos. O espetáculo Pessoas Perfeitas, é um grande projeto que envolve essa história.
Alessandra Verney, José Dias, Guilherme Bonfanti e Otto também mereceram receber seus prêmios.
Lembrado pela garra e determinação o nosso querido editor Michel Fernandes foi citado em todos os agradecimentos. O crítico é exemplo e inspiração. O prêmio deste ano, mais uma vez, contou com poucos recursos financeiros, mas com muita colaboração. É um sonho montado em conjunto pelo público, artistas e bons amigos do teatro como Ricardo Grasson, que acompanhou e fez acontecer cada detalhe. Evoé! Que venha a quarta edição.