Maria Lúcia Candeias, especial para o Aplauso Brasil (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

Por incrível que pareça, hoje em dia é difícil saber se há mais teatros no Bixiga (Bela Vista) ou na Zona Oeste. É claro que não há tantas casas reunidas como na Praça Roosevelt em nenhum outro bairro. Mesmo assim, temos, de memória, SESI Leopoldina, SESC Pinheiros, Cultura Inglesa, SESC Pompéia, Cacilda Becker, Bradesco, Viga, Crisantempo, o Centro da Terra e duas novas: o Amandodito Espaço Cênico e o Viradalata, ambos na rua Apinagés (Perdizes). Também há recentes na Bela Vista, por exemplo, na rua 13 de maio há o Espaço Elevador e a Sede do Teatro da Vertigem, além do Teatro Ivo60 na Teodoro Baima, próximo ao Arena. Em síntese, até parece uma competição.
Ainda não conheci alguns como o Ivo60 e o Amandodito, mas já estive no Elevador que é muito simpático e no Viradalata que, quando estiver completamente pronto, vai arrasar. Mesmo agora é excelente. Tem bar, como sala de espera, um ótimo palco com iluminação e som de primeira. Vale a pena conhecer.
O espetáculo de estreia do espaço é Mamy, com texto e direção de Alexandra Golik. Trata do caso de uma senhora de idade cuja casa pegou fogo e que tem de se hospedar com um dos dois filhos, Laura (Luciana Ramanzini) e Felipe (Fabiano Geueli), ou com a nora, Suzi (a autora e diretora).

O texto capta o interesse da plateia sem postular nenhuma tese. Os atores dão conta do recado. A cenografia é de extremo bom gosto (Moshe Motta e a autora), assim como o figurino (Diego Endo e Gabriela Pinesso). A eficiente iluminação é de Miló Martins e a música é de Marcelo Pellegrini.
Não se trata de uma montagem imperdível, mas é boa diversão. O que é imperdível mesmo é o espaço, o teatro.
CLIQUE AQUI para conferir os serviços das peças e endereços dos espaços.