Redação (aplausobrasil@aplausobrasil.com)

Na última segunda-feira (8) no Espaço Parlapatões, a classe teatral paulista contou com a segunda edição do Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro. A cerimônia foi apresentada pela dupla de palhaços do grupo La Mínima, Domingos Montagner e Fernando Sampaio, e ao final da entrega, o Grupo Formação 10 da Escola Livre de Teatro realizou uma pequena apresentação, com cenas do espetáculo Nekropolis.
O diferencial do Prêmio Cooperativa Paulista é o protagonismo dos coletivos em relação às personalidades individuais, sem excluí-las. São 14 categorias que inovam o sistema de reconhecimento do teatro paulista, válido para trabalhos que tiveram sua estreia no Estado de São Paulo durante o ano de 2009. Em lugar de melhor ator/atriz o prêmio é destinado ao melhor elenco dos espetáculos concorrentes. A melhor dramaturgia escolhida pode ser para um autor ou para um texto produzido coletivamente. Foram criadas novas categorias como o melhor trabalho teatral do interior e litoral paulista, melhor trabalho de rua, publicação para teatro, entre outras novidades.
A comissão julgadora, eleita pelos sócios da Cooperativa, é formada pelo pesquisador teatral Valmir Santos, pelo crítico teatral Edgar Olimpio de Souza, pelo representante da produção teatral do interior de São Paulo – Cláudio Mendel, Diretor da Casa de Cultura Cassiano Ricardo de São José dos Campos e pela atriz Deborah Serretiello. Os quatro integrantes passaram 2009 assistindo o máximo de trabalhos possíveis, fizeram indicações para o primeiro e segundo semestres do ano, publicaram na revista Camarim um balanço da temporada e terão suas escolhas reveladas na noite de entrega do prêmio. O desenho e confecção do troféu do prêmio é de Luciana Bueno.

Confira os vencedores de cada categoria:
1 – Dramaturgia: Criação individual ou coletiva em espetáculo apresentado em sala convencional, rua ou espaço não convencional.
* O Livro dos Monstros Guardados (Rafael Primot – Núcleo
Experimental)
2 – Direção: Criação individual ou coletiva em espetáculo apresentado em sala convencional, rua ou espaço não convencional.
* Memória da Cana (Newton Moreno – Cia. Os Fofos Encenam)
3 – Elenco: Em espetáculo apresentado em sala convencional, rua ou espaço não convencional.
* Anatomia Frozen (Joca Andreazza e Paulo Marcello – Cia. Razões Inversas).
4 – Trabalho apresentado em sala convencional.
* Cloaca (Grupo Tapa)
5 – Trabalho apresentado em rua.
* Contos de Lua no Chão (Grupo do Trecho, de São Paulo/Campinas)
– Menção honrosa ao Grupo Rosa dos Ventos, de Presidente Prudente, pela importância e relevância do trabalho desenvolvido no interior. Espetáculo “A Farsa do Advogado Pathelin”.
6 – Trabalho apresentado em espaços não convencionais.
* Cidade Desmanche (Grupo Teatro de Narradores)
7 – Trabalho para platéia infanto-juvenil apresentado em sala convencional, rua ou espaço não convencional.
* A Odisséia de Arlequino (Cia. da Revista)
8 – Trabalho apresentado no interior e litoral paulista, em sala convencional, rua ou espaço não convencional.
* Astros, Patas e Bananas (Grupo Katharsis, de Sorocaba)
9 – Grupo ou Companhia revelação, do interior, litoral ou capital do Estado.
* Grupo do Trecho, de São Paulo/Campinas (Contos de Lua no Chão)
10 – Projeto Visual: Integração orgânica entre os elementos plásticos e visuais do espetáculo e sua realização cênica – iluminação, cenografia, figurino, adereços, maquiagem.
* Memória da Cana (cenário de Marcelo Andrade e Newton Moreno, iluminação de Eduardo Reyes, figurinos de Leopoldo Pacheco e cenotécnica Zé
Valdir – Cia. Os Fofos Encenam)
11 – Projeto Sonoro: Integração orgânica entre os elementos sonoros do espetáculo e sua realização cênica – palavra, canto, trilha original ou adaptada, arranjos e sonoplastia.
* Concerto de Ispinho e Fulô (direção musical de William Guedes, composições originais Jonathan Silva e Dinho Lima Flor – Cia. do Tijolo)
12 – Ocupação de espaço: sala convencional, rua ou espaços não convencionais, no interior, litoral ou capital do Estado.
* AquiFora (Grupo OPOVOEMPÉ)
13 – Publicação dedicada ao universo do teatro, suas diversas vertentes, relações e linguagens, em projetos de Grupos e Companhias teatrais, instituições ou similares.
* Máquina para os Deuses: anotações de um cenógrafo e o discurso da cenografia (de Cyro del Nero, Edições Sesc SP e Editora Senac)
14 – Prêmio Especial
* Escola Livre de Teatro de Santo André, pela referência na formação de profissionais nas artes cênicas