Kyra Piscitelli, do Aplauso Brasil (kyra@aplausobrasil.com)

Assistir ao espetáculo Gabriela, um musical é um exercício de boa subversão ao nosso imaginário do coletivo nacional. Baseada no livro Gabriela, Cravo e Canela, clássico de Jorge Amado e já contado em um filme e três novelas, a obra teatral consegue inovar na forma sem roubar a essência da história. Em cartaz no Teatro Cetip até 7 de agosto, a montagem é uma das melhores do gênero em cartaz na cidade.
A versão para teatro musical foi criada pelo diretor João Falcão, também responsável pelo roteiro musical – grande trunfo do espetáculo. Falcão conseguiu reunir músicas de todas as épocas e diferentes estilos para narrar Gabriela sem que pareça uma heresia a obra baiana. As canções se encaixam de forma perfeita nas cenas. Ao mesmo tempo que o público pode ouvir o clássico que imortalizou a obra na voz de Gal Costa – Modinha para Gabriela – a plateia se delicia com músicas inusitadas para o tema como Garota Nacional, da banda Skank e Vilarejo, de Marisa Monte.
São essas músicas, unidas a um jogo de luz e muitos instrumentos que o clima de Gabriela se dá. Não há luxo e tem brasilidade nas cores, sons e canções. É uma grata surpresa conferir como a história da música brasileira coexiste com um clássico da literatura no palco.
O cenário é composto basicamente por duas esteiras na cor do chão – elas trazem as idas e vindas da história, costurada por um narrador. O musical conta com 21 atores e cuidadosas coreografias. O primeiro ato é de tirar o fôlego. Gabriela, um musical consegue com êxito adicionar referências ao clássico escrito em 1958 sem perder o importante da história que é a mensagem: a denúncia situação do retirante, ao machismo, ao jeitinho brasileiro, ao coronelismo – que ainda hoje é tema a ser tratado – entre outros assuntos.

É verdade que no segundo ato, a história perde um pouco da magia e impacto que causa no primeiro, em partes, pela razão, de pelo menos na pré-estreia, não parecer tão bem ensaiado. Era visível os buracos nas transições de cena e nas falhas com a luz, tão importantes para o efeito do musical. Nada que não possa ser arrumado ou que apague o brilhantismo do espetáculo.
Em cena, a banda composta por cinco músicos aparece durante todo o tempo. Responsável pela direção musical, o músico Tó Brandileone traduz para os arranjos a mistura proposta pelo musical.
A protagonista de Gabriela, um musical é vivida por Daniela Blois, médica que canta na noite de Manaus e que chega a São Paulo para ganhar os palcos. Dona de uma potente voz e belos cabelos cacheados, Daniela é uma interessante escolha para o espetáculo.
Gabriela, um musical consegue compor o nosso imaginário, ativá-lo e transportar o público para o mundo de Ilhéus sem reconstruir ou remontar nada. É pura teatralidade recheada de música brasileira.
FICHA TÉCNICA
GABRIELA, UM MUSICAL
A partir do romance ‘Gabriela, Cravo e Canela’, de Jorge Amado
Adaptação e Direção: João Falcão
Direção Musical: Tó Brandileone
Produção Geral: Almali Zraik
Produtor: Kevin Wallace por Tempo Entertainment
Produtor associado: João Falcão
Com Almério, Bruce de Araujo, Bruno Quixotte, Daniela Blois, Danilo Dal Farra, Eliane Carmo,
Frederico Demarca, Guilherme Borges, Ingrid Gaigher, Isadora Melo, Juliana Linhares, Leo Bahia,
Luciano Andrey, Luísa Vianna, Mauricio Tizumba, Marcel Octavio, Natasha Jascalevich, Rafael
Lorga, Tamirys O’hanna, Thomás Aquino e Vinicius Teixeira.
Músicos: Antonio Loureiro, Danilo Penteado, Edson Santanna, Maria Beraldo Bastos e Rafa Barreto
Colaboração na Adaptação de texto: Adriana Falcão
Arranjos Vocais: Tó Brandileone e Guilherme Borges
Diretora de Arte e Figurinos: Simone Mina
Cenografia: Simone Mina e João Falcão
Coreografia e Preparação Corporal: Lu Brites
Visagismo: Simone Momo e Roger Ferrari
Design de Som: Tocko Michelazzo
Design de Luz: Cesar de Ramires
Diretor Técnico: Rinaldo Marx
Coordenadora de Produção: Martha Lozano
Diretor Assistente: Clayton Marques
Diretora Residente: Sabrina Mirabelli
Preparação Vocal: Rafael Barreiros
Assistente de Diretor Musical: Guilherme Borges
SERVIÇO:
Ministério da Cultura apresenta
GABRIELA, UM MUSICAL
Patrocínio: Alelo
Realização: Caradiboi Arte e Esportes, Tempo Entertainment, em associação com Opus Promoções
e MáquinaMáquina Produções Artísticas.
Temporada de 9 de junho a 7 de agosto
Local: Teatro Cetip – (Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros).
Horários: quintas e sextas, às 21h; sábados, às 17h e 21h; domingos às 18h.
Duração: 2 horas 40 minutos em dois atos (com intervalo de 15min).
Ingressos: de R$ 30 (meia-entrada) a R$ 190.
Classificação Etária: Classificação livre. Menores de 12 anos acompanhados dos pais ou
responsáveis legais.
Capacidade: 627 lugares.
Estacionamento terceirizado com manobrista
PREÇOS PLATEIA PREMIUM PLATEIA
INTEIRA R$ 160,00 R$ 140,00 R$ 90,00 R$60,00
MEIA R$ 80,00 R$ 70,00 R$45,00 R$ 30,00
QUINTA-FEIRA 21H
INFERIOR
PLATEIA SUPERIOR A PLATEIA SUPERIOR B
SEXTA-FEIRA 21H, SÁBADO 17H E 21H E DOMINGO 18H
PREÇOS PLATEIA PREMIUM PLATEIA
INTEIRA R$ 190,00 R$ 160,00 R$ 130,00 R$ 100,00
PLATEIA SUPERIOR A PLATEIA SUPERIOR B
INFERIOR
MEIA R$ 95,00 R$ 80,00 R$ 65,00 R$ 50,00
– Meia-entrada: obrigatória a apresentação do documento previsto em lei que comprove a
condição de beneficiário.
Teatro Cetip – De terça a sábado, de 12h às 20h. Domingos, de 13h às 20h (em dias de espetáculo,
a bilheteria funciona até o início da apresentação) – Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros
Pontos de venda no link
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
Retirada na bilheteria e E-ticket – taxas de conveniência e de entrega.
Formas de Pagamento: dinheiro, cartões de crédito American Express ® , Visa, MasterCard,
MasterCard débito, Diners e cartões de débito Visa Electron.
Venda a grupos: grupos@t4f.com.br
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