Michel Fernandes*, do Aplauso Brasil (Michel@aplausobrasil.com)

CURITIBA – Alcançar a simplicidade de emitir uma mensagem ainda espinhosa como a diversidade sexual é um dos méritos de Entre Nós, dirigida por João Sanches, que utiliza forma sintética e metalinguística para realizar um criativo jogo cênico.
Dois atores e um guitarrista ocupam o palco nu, delimitado por cenográficos movimentos de luz (também assinada por João Sanches), que ambientam os diferentes espaços em que se passa a peça. Lá eles se apresentam, ou pelo menos apresentam-se como atores que escolhem abordar dramaticamente a diversidade sexual. É, a partir da narrativa sobre a própria criação teatral que se estabelece um divertido jogo inventivo em que os atores se dividem nos diversos personagens que compõem a cena.
Absolutamente concentrada em recursos de interpretação, muito bem defendidos por Anderson Dy Souza e Igor Epifânio, a peça de João Sanches é um retrato divertido dos preconceitos, bullyng & Cia. Que jovens enfrentam ao desfiar o novelo de sua sexualidade.
SAIBA MAIS DA MOSTRA BAIANA http://festivaldecuritiba.com.br/fringe?mostra=Mostra%20Baiana
*Michel Fernandes viajou a convite do Festival de Teatro de Curitiba