À TÍTULO DE BATISMO
Ontem, quando coloquei o adjetivo CRÓTICA na matéria de um de nossos colaboradores, ele mesmo achou que eu havia cometido um erro de digitação na edição da matéria. Não, era um neologismo que tomei de empréstimo de um dos artigos sobre crítica da revista Boca de Cena, editada pelo Festival Latino-Americano (FilteBahia) da Bahia que, em miúdos, define um híbrido entre a crônica e a crítica, uma espécie de crônica opinativa.
Pensei a noite toda no problema que esse nome poderia causar, porque é um conceito “novo” e pouco difundido. Quiça pensassem que era pejorativo, descredibilizando o autor e o texto.
Por isso rebatizei a sessão como ESPECTADOR PROFISSIONAL, termo que nada tem a ver com o que Jerzy Grotowisky corrobora em artigo Espectador de Profissão – referindo-se ao ofício do diretor, mas que extraí de outro artigo da citada revista e que, em linhas gerais, define uma filiação ao “olhar do crítico” em detrimento do “olhar crítico”, ou seja mais subjetiva do que a crítica canônica se propõe (embora nem sempre consiga) ser.
Isso não desmerece nossos ESPECTADOR(es) PROFISSIONA(is)L, só nomeia que há a diversidade e como a respeitamos, resolvemos destacá-la batizando-a.