Antonio Júnior, especial para o Aplauso Brasil (junior@aplausobrasil.com)

A partir da próxima quinta-feira (8), São Paulo será mais uma vez palco do Visões Urbanas – Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas, no qual o espaço urbano é o ponto de partida para a criação de coreografias. Nesta edição, inclui atividades paralelas às apresentações dos bailarinos, como mostra fotográfica e de vídeo-dança e workshops abertos ao público. O Aplauso Brasil conversou com Mirtes Calheiros que falou sobre o projeto, dança urbana, novidades do festival e muito mais. Confira a entrevista:
Aplauso Brasil – Como você analisa os espetáculos de rua no Brasil? Existem muitos grupos interagindo com a paisagem urbana no país?
Mirtes Calheiros – O Festival Visões Urbanas está em sua 5ª edição e pelo que temos recebido de propostas considero que não há uma produção consistente de trabalhos realizados na, para a rua e com a rua, falando de dança especificamente que é o foco do festival. Criações assim construídas são muito diferentes de trabalhos de palco adaptados para o espaço público. Isso se deve a inúmeros fatores que vão desde a falta de entendimento do que é espaço público, até incentivos, editais e programas próprios para essa linguagem que apenas recentemente está ganhando a compreensão da sua importância para o desenvolvimento da arte. Vemos muitos grupos experimentando essa linguagem, mais como uma necessidade de sobrevivência do que como uma necessidade/ vontade artística. Um dos objetivos do festival é incentivar a dança em paisagens urbanas e acreditamos que estamos cumprindo esse papel, pois graças à continuidade do evento os grupos e criadores tem esperanças em ter um espaço para a difusão de seus trabalhos.
AB – E no mundo?
MC – Na Europa a arte da dança-teatro em espaços não convencionais é uma tradição há muito. Inúmeros festivais são realizados anualmente com apoio de entidades governamentais e de outros órgãos que possibilitam a dignidade necessária aos grupos e artistas para se dedicarem a essa pesquisa, garantindo a continuidade dos mesmos. Na França, por exemplo, existem Centros de Artes da Rua, onde os profissionais desenvolvem seus trabalhos. É, portanto, uma linguagem valorizada e não fica à margem da dança convencional.
AB – Qual a diferença do Visões Urbanas para os outros festivais realizados ao redor do mundo?
MC – Hum… boa pergunta! Não conheço os festivais “do mundo”, mas alguns que ocorrem na Europa e América Latina e que possuem identificação como o Visões Urbanas.
Posso citar O Lugar à Dança, por exemplo, de Portugal, integrante da rede CQD. Além da língua que os países tem em comum, O Lugar à Dança é um dos poucos que conheço que convoca grupos brasileiros com freqüência e é realizado por artistas que possuem longa pesquisa em trabalhos para o meio urbano. O Visões Urbanas também é organizado por artistas e não por produtores apenas. Por possuirmos uma pesquisa artística em espaço urbano com a Cia. Artesãos do Corpo desde 1999, temos experiência e sensibilidade na hora de lidar com as solicitações dos grupos e um olhar diferenciado para cada criação. O Visões Urbanas trabalha com as características de São Paulo, ou seja, uma cidade que não possui política públicas continuas para a cultura. A cada edição temos de conviver com a possibilidade de não realizarmos o festival. Felizmente, até agora conseguimos levar adiante cinco edições consecutivas. Para quem organiza um festival ter a certeza da continuidade é um fator essencial, mas infelizmente temos de trabalhar com um prazo muito curto, pois os resultados dos apoios sempre acontecem muito depois. Essa falta de perspectiva além de um atraso cultural para a cidade e para o país é um fator que interfere no festival. Procuramos interferir o menos possível nas paisagens urbanas. Optamos por criações que dialoguem com a cidade sem a inclusão de palcos, linóleo e grandes estruturas. A idéia que permeia a curadoria é a relação da dança/movimento com a arquitetura e a cidade. São Paulo é uma cidade imprevisível em todos os sentidos: clima, manifestações, greves, corre-corre de ambulantes. O artista que constrói e apresenta seus trabalhos por aqui conta com a história sendo construída em torno de seu trabalho. É muito diferente de um festival que acontece, por exemplo, em Barcelona, onde as pessoas estão acostumadas com uma cidade que acolhe dia e noite manifestações artísticas. As pessoas podem parar e ver, pois o tempo da cidade é outro. Aqui não espero que as pessoas parem, pois mesmo andando, elas irão ver algo de extraordinário e levarão para casa mais que a dureza da cidade. Nesse momento considero que o Visões Urbanas é um incentivo para que mais e mais artistas se dediquem a essa forma de construírem seus trabalhos. Portanto ele tem um caráter de formação.
AB – Como foi a aceitação do público nas edições anteriores? Ainda é algo “novo” para o público brasileiro?
MC – As reações são múltiplas: surpresa, encantamento, estranhamento. A primeira edição do Visões Urbanas (2006) foi realizada na semana que o PCC parou a cidade de São Paulo. Todos ficaram engarrafados no trânsito e nos estávamos em pleno canteiro central da Av. Paulista, junto com um coletivo de bailarinos e arquitetos portugueses, realizando uma performance onde setas amarelas gigantes indicavam caminhos e a dança acontecia em meio ao caos. Parecia que a performance havia sido realizada para aquele momento específico. Foi realmente emocionante. Inúmeras pessoas dão seus depoimentos espontâneos sobre o que estão vendo e relatam a necessidade da continuidade de ações como essa. Gostaria que o festival perdurasse e que as pessoas pudessem estabelecer com ele uma relação afetiva, esperado como um acontecimento anual. Com uma programação 100% gratuita, o festival cumpre um papel de democratização e acessibilidade dos bens culturais. As pessoas vão acostumando aos poucos com essa linguagem. A primeira reação é pensar que estão realizando uma filmagem ou é alguma pegadinha. Depois elas percebem que outra relação está sendo proposta. Então, elas se permitem alguns instantes de contemplação. A inserção da dança no cotidiano das pessoas é importantíssima, pois só assim elas irão ampliar seu repertório de experiências que hoje está muito focado na televisão.
AB – Como foi a escolha para a programação paralela?
MC – São quatro ações que integram a programação paralela do festival. Dois workshops, uma exposição fotográfica, uma palestra e a primeira mostra Vídeo-dança –SP. Pensamos nessa grade para oferecer ao público diferentes possibilidades dele acessar a dança em paisagens urbanas. As pessoas poderão fazer aulas, ver fotografias, ouvir artistas e pesquisadores sobre seus trabalhos, vislumbrar outras possibilidades de criação através da relação do vídeo com a dança, além de poder ver vídeos inéditos no Brasil, como é o caso do trabalho da coreógrafa alemã Sasha Waltz. A idéia central da programação paralela é reforçar o tripé que dá base ao festival: criação/formação/intercâmbio.
AB – Como foi a escolha dos temas para serem trabalhados nos workshops?
MC – O workshop Dança-Teatro em espaços não convencionais foi programado principalmente pela falta de entendimento que sinto por parte dos grupos no que diz respeito ao fazer arte na rua considerando o espaço 360 graus, o chão irregular e um atributo fundamental para a construção na rua de teatro dança: ter calma para ouvir o que a rua tem a dizer e não impor seus argumentos à força. Ou seja, considerar a rua como um elemento vibrante, repleto de manifestações que falam ao artista e deveriam compor com seu trabalho.
A provocação está lançada: venha para não fazer nada! O convite ao tango vem ao encontro de uma necessidade de mais e mais possibilidades de ocupar o espaço público com dança. Por que não podemos dançar na rua? Por um acaso é proibido?
AB – Quais países estarão participando do Visões Urbanas deste ano?
MC – Alemanha, Bélgica, Brasil, Espanha, Portugal e Uruguai.
AB – Como você observa a inclusão de portadores de deficiências na dança?
MC – Considero que viver nas grandes metrópoles nos faz portadores de inúmeras deficiências tanto físicas como mentais. Nós somos todos portadores de deficiências, basta parar e olhar como as pessoas se deslocam pelas ruas, isso quando se deslocam e não passam simplesmente seus dias enfurnados em carros, ônibus e metrô. Sempre defendi que qualquer pessoa pode se manifestar pelo movimento, ou dança, tenha ele qualquer condição física, idade ou sexo. E lá se vão mais de trinta anos falando a mesma coisa. É com a maior felicidade que vejo hoje diretores que constroem seus trabalhos com pessoas, independentemente de quem sejam. Nós temos muito o quê aprender uns com os outros. Trabalhar assim pressupõe nos escutarmos mutuamente. Duvida? Venha ver esses grupos em ação e prometo que vocês nunca mais vão esquecê-los.
Programação gratuita
Classificação indicativa – livre
Dias 8 (quinta-feira) a 10 de abril (sábado)
10h
Workshop: Dança-Teatro em Paisagens Urbanas
Coordenação: Mirtes Calheiros
O objetivo é proporcionar uma experiência de criação de movimentos na e para a rua, a partir das dinâmicas de pesquisa e criação da Cia. Artesãos do Corpo/Dança-Teatro em espaços públicos e paisagens urbanas.
Duração: 120 minutos
Onde: Pátio do Colégio, no Largo Pateo do Colégio, 2, Centro.
Número de participantes: 15 pessoas
Dias 14 (quarta-feira) a 17 (sábado)
9h às 21h
Exposição fotográfica: Visões Urbanas – Imagens do Repertório da Cia. Artesãos do Corpo em Paisagens Urbanas
Registro dos espetáculos de rua da Cia. Artesãos do Corpo feito pelo fotógrafo Fabio Pazzini.
Onde: Caixa Cultural – Sé. Praça da Sé, 111, Centro. Tel. (11) 3321-4400.
Dia 14
10h
EVO – B.K. Cie. (Alemanha). (Foto acima)
Performance baseada na neutralidade dos gestos e movimentos corporais, sem se apoiar numa história. A coreografia se desdobra em câmera lenta, o processo gestual é simples. O corpo branco colocado como um ovo sobre a terra marrom levanta. Seus passos evocam um estado embrionário, um nascimento.
Direção, concepção, atuação e trilha sonora: Philippe Rives
Duração: 30 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio (Praça Pateo do Colégio, 2, Centro).
Dia 14
11h
U – Projecto La Casa (Uruguai)
Concebido como uma paisagem para contemplar, busca uma releitura do tecido urbano. Inspirado no conceito de terrain vague (a forma da ausência) do arquiteto espanhol Ignasi Solá-Morales, se constrói a partir de um processo de investigação sobre o movimento, o espaço e o som sobre territórios e comportamentos.
Conceito original: Mariana Marchesano
Direção e produção: Mariana Marchesano e Patricia Mallarini
Intérpretes: Florencia Lucas, Patricia Mallarini, Mariana Marchesano, Nicolás Parrillo, Santiago Turenne e Rodrigo Spagnuolo
Ambientação sonora: Nicolás Parrillo e Rodrigo Spagnuolo
Figurinos e fotografia: Valentina Bolatti
Registro audiovisual: Juan Ignacio Fernández Hoppe
Duração: 30 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio
Dia 14
13h
corpOuvido – Virtual Cia. de Dança (São José do Rio Preto)
A cultura hip hop inspira o espetáculo, que se sustenta no diálogo entre corpo e som. A trilha sonora foi composta exclusivamente para a obra pelo argentino Guillermo Ceballos.
Direção: Viviane Hernandes
Concepção: Guillermo Ceballos e Marcelo Zamora
Trilha sonora original: Guillermo Ceballos
Intérpretes-criadores: Maibi Rodrigues, Raphaela Morais, Rodrigo Castelo Branco e Priscila Camilo
Participação especial: B Boy Ricka ou B Boy Bruno
Figurinos: Iracema Rodrigues
Coordenador técnico: Helio de Oliveira Jr.
Consultoria de cultura hip hop: MC Ana Paula Ribeiro, DJ Basin, Popping, Locking Raffa e Breaking Ricka
Duração: 35 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio
Dia 14
14h
Beau de L’air – Ana Lana Gastelois (Belo Horizonte)
Performance de dança com manipulação de grandes objetos voadores coloridos (de 1m a 4m de comprimento). Neste trabalho híbrido, a dança e a escultura aérea estão interligadas, são exploradas as possibilidades do ar como suporte da matéria e o seu desenvolvimento nesse espaço. O violonista Wilson de Souza acompanha os performers.
Direção e concepção: Ana Lana Gastelois
Músico: Wilson Souza
Performers: Ana Lana Gastelois, Branca Peixoto, Clécio Lima, Marcos Nunes e Sarah Vaz.
Duração: 30 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio
Dia 15 (quinta-feira)
10h
Pseudópodos – Procedimento II – Urbano – D.I. Cia de Dança (Macaé – RJ)
O termo usado pela biologia para caracterizar um tipo de locomoção de seres invertebrados, os falsos pés, lhe serve de título. A metáfora é humanizada na percepção de gestos e movimentos e daí traduzida para conceitos estéticos.
Direção: Paulo Azevedo
Intérpretes-criadores: Aline Negreiros, Everton Viana, Jonas Leonardo de Lucena Rangel, Mauricio Muros e Rafael da Mata
Duração: 15 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio
Dia 15
10h30
Risco de Vida – Cia. Silvana Abreu (São Paulo)
Celebração da vida e resposta a uma grave doença, a dança faz crítica bem-humorada através de metáforas de como o corpo sofre restrições para se conformar a padrões que limitam impulsos. Com recursos de mímica e teatro, usa jogos de lapso de tempo.
Autoria, direção e atuação: Silvana Abreu
Figurinos: Fause Haten
Sonoplastia: Fernando Mastrocolla
Fotos: Angela Sassine
Duração: 40 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio
Dia 15
13h
La Cumparsita – Tango – Margareth Kardosh e Victor Costa (São Paulo)
Coreografia contemporânea de tango.
Coreografia: Vitor Costa
Bailarinos: Margareth Kardosh e Victor Costa
Duração: 6 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio
Dia 15
13h30
Entomo – Elias Aguirre e Álvaro Esteban (EA&AE) (Espanha)
Dança urbana contemporânea inspirada no movimento de insetos e animais.
Concepção: Elias Aguirre e Álvaro Esteban
Bailarinos – Elias Aguirre e Maria Platón
Duração: 15 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio
Dia 15
16h
Workshop: Tango na rua
Coordenação: Margareth Kardosh e Victor Costa
Oficina de tango na rua voltada ao público em geral.
Duração: 120 minutos
Onde: Parque Buenos Aires, na avenida Angélica, Higienópolis.
Dia 16 (sexta)
10h
Despacho – Cia Ltda. (Maceió)
A meta é permitir que o ambiente estimule a dança e a dança estimule o ambiente. Assim como o ambiente se estrutura a partir de intenções, desejos e emoções das pessoas presentes, o corpo que dança se integra com as ambições e características do espaço e com ele interage.
Performance e concepção: Jorge Schutze
Duração: 30 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio
Dia 16 (sexta)
11h
Por favor, no Mi Entendas Mal – Provisional Danza (Madri)
A capacidade de imitação de comportamentos e gostos do ser humano inspira a encenação.
Coreografia: Carmen Werner
Música: Masahiro Hiramoto
Bailarinos: Sara Sanz Román, Lucio Baglivo, Tatiana Chorot, Javier Ferrer e Javier Sangrós
Assistente de direção: Laura Marrero
Duração: 20 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio
Dia 16 (sexta)
13h
Corpo de Passagem – Grua – Gentleman de Rua (São Paulo). (Foto abaixo)
Traz à tona questões pertinentes ao homem contemporâneo, buscando nas ruas de grandes cidades, na forma de improviso, o tênue limite entre a rotina sufocante do caos urbano e o universo poético e humano.
Intérpretes-criadores: Jorge Garcia, Ludinei Delgado, Osmar Zampieri e Willy Helm
Figurino: Grua
Som: Osmar Zampieri
Duração: 30 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio
Dia 16
15h
Palestra/debate: Dança Inclusiva
Convidados: Ana Rita Barata (CIM – Portugal) e Paulo Azevedo (D.I. Cia. De Dança – Macaé – RJ). Mediação: Éderson Lopes
Duração: 60 minutos
Onde: Jardim interno do Pátio do Colégio
Número de participantes: 80 pessoas
Dia 17 (sábado)
10h
Inside-Time/Outside-Space – Compagnie Irene K. (Bélgica)
Faz referência ao novelo de fios de Ariadne, o guia da saída do labirinto. A locação urbana sugere que somos tão arquitetos do labirinto de nossas vidas quanto detetives de sua eventual resolução. O labirinto conforta e protege tanto quanto aprisiona. Encara o desafio de criar um show diferente para cada espaço.
Coreografia: Irene Kalbusch
Bailarinos: Marie-Laure Fiaux, Masami Sakurai e Hiroshi Wakamatsu
Composição musical: Gerhard Sporken
Duração: 25 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio
Dia 17 (sábado)
11h
Sobre Rodas – CIM – Cia Integrada Multidisciplinar (Portugal)
Integra portadores de deficiência (paralisia cerebral), técnicos e artistas das artes performativas. Uma pequena trupe mostra o encontro entre um homem e uma mulher, fala de momentos do passado e do futuro. Roda e dança com a poesia de quem diz que o limite de alguns é o infinito de outros. Tudo sobre rodas. Fruto da primeira parceria entre a Associação Vo’Arte, a Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa (APCL) e o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian – ISS.
Direção artística e coreografia: Ana Rita Barata
Co-criadores e intérpretes: Ana Rita Barata, Mário Barba e Catarina Gonçalves
Intérpretes APCL e CRPCCG: Adelaide Oliveira, Jorge Granadas, José Marques e Zaida Pugliese
Técnicos intérpretes APCL e CRPCCG: António Paiva e Carolina Santos
Duração: 40 minutos
Onde: Em frente ao Pátio do Colégio
Dia 17 (sábado)
18h
1ª Videodança – SP/Mostra Internacional de Videodança
Exibição de vídeos concebidos por grupos participantes do festival e convidados, entre eles imagens inéditas no Brasil da coreógrafa Sacha Waltz.
Duração: 90 minutos
Onde: Instituto Goethe. Rua Lisboa, 974. Tel. (11) 3296-7000.
Telefone para informações para o público: 3667-5581.
Programação no blog http://www.festivalvisoesurbanas.blogspot.com/
e no site www.ciaartesaosdocorpo.art.br