Michel Fernandes *, especial para o Aplauso Brasil (Michel@aplausobrasil.com)

Que as versões das cançoes de quase todos os musicais produzidos em São Paulo e no Rio de Janeiro, nos últimos dez anos, levam a talentosa assinatura de Claudio Botelho é fato. Que tais versões tem vigor e sonoridade que permitem que a interpretação brasileira não saia devedora de suas matrizes, também o é. Além do livro Os Reis dos Musicais focar o trabalho da dupla Charles Möeller e Cláudio Botelho, o último faz um revival musical da trajetória da dupla em Versão Brasileira.
Como se fosse um bate-papo informal, Claudio Botelho conta sobre sua trajetória, ilustrando cada passo com canções dos musicais que, ao lado de Möeller, encenou e, também, aqueles em que assina a versão das canções para o português.
Afora a homenagem especial a Stephen Sodhein, que completa 80 anos nesta segunda-feira (22), compositor e letrista de quem é fã confesso, cantou músicas dos musicais Cole Porter – Ele Nunca Disse Que me Amava, Chicago, A Noviça Rebelde,Suburbano Coração, Ópera do Malandro, entre outros, acompanhado por três excelentes musicistas num cenário enxuto e elegante, assim como o figurino sóbrio dos quatro componentes de Versão Brasileira.
Ao final do espetáculo fez um pout-pourri de seus próximos musicais com Möeller: Annie, Gypsy, Hair, Nine, O Violinista no Telhado e Aquela Canção do Roberto.
Enfim, aos que gostam de musicais bem interpretados e com elegância, não devem perder a última apresentação de Versão Brasileira, no Guairinha, dentro do 19º Festival de Curitiba.
*Michel Fernandes viajou a convite do Festival de Curitiba