![]() Segundo o compositor, o conceito se dá a partir da idéia da transregionalização. “Transregional é toda arte que, quanto mais se aprofunda em suas origens, mais universal se torna. Uma arte em que a sofisticação brota das raízes. Forró Transregional é um álbum que quer ampliar os caminhos do forró, aliando-se às forças criativas populares impulsionadas pela arte de (Luiz) Gonzaga e Valença, de (José) Ramalho e Dominguinhos”, conta Kefi que faz de tudo um pouco no disco. Além de cantar, tocar piano, sanfona e violão é ele quem assina todos os arranjos e composições do trabalho, com exceção de Até que pare o xote, uma parceria com Egberto Gismonti, multi-instrumentista de fama internacional. Com arranjos que buscam a complexidade da melhor música instrumental e letras que miram a excelência da MPB, o disco evidencia o casamento entre o simples e o complexo, o espontâneo e o elaborado, para elevar o forró contemporâneo ao nível de seus melhores dias. “Bem, é forró: tem zabumba, triângulo, sanfona e aqueles ritmos e melodias típicas da música nordestina. Dá pra dançar, cantar junto e ser feliz. Mas, a partir dessa base, a música estabelece conexões inesperadas com universos aparentemente distantes”, conta o compositor. O tom do trabalho, para os sedentos pela música “fora da caixinha”, pode surpreender no mais harmonioso encontro entre tradição e contemporaneidade.
SERVIÇO Forró Transregional, de Ravi Kefi.
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