SÃO PAULO – 0 (zero) é uma dança solo de Letícia Rodrigues, que traz ao palco questões autobiográficas sobre uma condição genética que afeta seu corpo. Em cena, corpo, música e um objeto-corpo pneumático compõem uma dança tecida entre fragilidade, limite e respiração. O solo faz duas apresentações gratuitas dia 25 de maio, sábado, às 18h, na Oficina Cultural Oswald de Andrade e dia 26 de maio, domingo, às 19h, na Capital 35.
Contemplado pelo ProAC Obras Inéditas de Dança 0 (zero) – que fez sua estreia nacional no início de maio no Sesc Campinas, atual sede da Bienal Sesc de Dança – é uma dança desenvolvida na tessitura entre fragilidade, ontogênese (processo evolutivo acerca das alterações biológicas sofridas pelo indivíduo, desde o seu nascimento, até seu desenvolvimento final), limite e erro. Com música ao vivo e projeção de uma videodança, a coreografia é uma pesquisa em dança que tem como impulso uma forte experiência pessoal, onde o corpo da bailarina embrenha-se com um ser pneumático – indissociáveis, que se retroalimentam e respiram juntos – na construção de um espaço que compõe um organismo único.
Há 10 anos Letícia Rodrigues descobriu que possuía uma condição genética que limitava sua materialidade: a Síndrome da Hipermobilidade Benigna ou frouxidão ligamentar, que deixa suas articulações mais moles e pode afetar a estrutura óssea devido a um erro na produção de colágeno.
Começar do zero
Em 0 (zero) Letícia Rodrigues traz para a cena a estética do erro na dança em contraponto com os limites do corpo. “O solo é uma pesquisa em dança que já venho tateando, e que agora compartilho, não como forma de vitimismo, mas buscando a fragilidade enquanto potência para o desenvolvimento de uma dança singular. É o desejo de como devo seguir, como posso continuar dançando e quais serão meus próximos passos. A ideia é de começar do zero, de reaprender”, conta ela.
Serviço:
0 (zero)
Dia 25 de maio, sábado às 18h, na Oficina Cultural Oswald de Andrade.
Dia 26 de maio, domingo, às 19h, na Capital 35
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Dança e Concepção Geral – Letícia Rodrigues. Provocação – Beatriz Sano. Composição e Música ao Vivo – Gustavo Infante. Dança (participação especial em videodança) – Gabriela Branco. Desenho e Operação de Luz – Rossana Boccia. Projeção ao Vivo – InCápsula. Figurinos – Marjoly Lino. Produção Executiva – Bufa Produções (Aline Grisa). Fotos e Captação de Imagens Videodança – wrzaratini. Edição Videodança – Esther Lourenço. Projeto Gráfico – Elisa Carareto. Registro Videográfico – Bruta Flor Filmes. Assessoria de Imprensa – Nossa Senhora da Pauta. Duração – 50 minutos. Recomendado para maiores de 12 anos. GRÁTIS – Ingressos distribuídos com uma hora de antecedência.
OFICINA CULTURA OSWALD DE ANDRADE
Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro. Telefone – (11) 3222-2662. Capacidade – 30 lugares.
CAPITAL 35
Rua Capital Federal, 35 – Sumaré. Telefone – (11) 3467-3524. Capacidade – 30 lugares.