SÃO PAULO – O hábito – o costume se assim preferir – é inequívoco molde capaz de forjar seguramente nossos futuros médicos, advogados, artistas, mecânicos, domésticas, pais e mães, enfim, cidadãos de bem.
Nesse período de quarentena, em que ficar recolhido em casa é VITAL, para evitarmos o alastramento FATAL do COVID 19, o profissional das artes cênicas tem de recorrer ao seu maior bem – a criatividade – para realizar sua arte, por essência destinada ao público sem, no entanto, causar dano à saúde: é isso o que pretende o grupo O Que De Que que apresentará domingo (26) o espetáculo infanto-juvenil A Ilha do Tesouro em seu perfil do instagram (@oquedeque).
O espetáculo de bonecos, premiado em festivais da Rússia (2017) e Vietnã (2018), apresentado em diversos países como Albânia, Turquia, Índia, Tailândia, Taiwan, entre outros, apesar da transmissão ao vivo ser de uma sessão gravada em 2018 no Teatro Arthur Azevedo, estabelece, ao ter um horário específico de exibição pelo instagram, o cuidado em preparar os espectadores para habituarem-se ao ritual de se assistir a um espetáculo de teatro.
Com direção de dramaturgia de Fábio Superbi, A Ilha do Tesouro narra a aventura de um garoto de 11 anos, vivido pelo intérprete-criador Rodrigo Andrade, além dos bonecos confeccionados por Aimê Uehara, Fábio Superbi e Rodrigo Andrade, que encontra um mestre dos mares que apresenta um mapa do tesouro. Os dois seguem, singrando os mares desconhecidos e repletos de fantasia, enfrentam um fantasma até encontrar a ilha do tesouro.
Ricardo Pesce assina a trilha sonora, Manu Romeiro a pintura dos cenários e Juliana Andrade os figurinos.
Há previsões de que a Companhia continue realizando lives para alcançar duplo objetivo: manter as pessoas em casa, assim como manter o hábito ritual de assistir a um espetáculo.