Michel Fernandes, especial para o Último Segundo (michel@aplausobrasil.com)
Não restam dúvidas sobre o potencial dramático do russo Nikolai Gógol (1809-1852), considerado um dos precuresores do realismo na literatura russa, quando vemos o sem-número de encenações de um de seus contos, dos primeiros que publicou, O Diário de Um Louco. E nesta terça, na Casa das Rosas, a editora 34, lança o volume de obras completas do autor, para o teatro.
Entre as obras-primas que compõem sua dramaturgia e esttão no volume, O Inspetor Geral, em célebres encenações de Meyerhol e, no Brasil, as notáveis montagens do Asdrúbal Trouxe o Trombone e, recentemente, do Grupo Galpão.
Nos meus tempos de aluno de interpretação do Teatro-escola Célia Helena, representei numa peça dele hilária e pouco conhecida chamada O Matrimônio (na tardução de Arlete Cavalieri, O Casamento), que traz em evidência o cinismo, as mentiras, enfim, os jogos nem sempre éticos dos quais os seres-humanos se valem para atingir o seu intento, tema recorrentem em outros de seus textos.