SÃO PAULO – No último dia do palhaço, 10 de dezembro, morreu Roger Avanzi, o palhaço Picolino. Por coincidências do destino, o dia é quando se comemora o dia da classe. Falecido aos 96 anos, o artista fez história no circo, na TV e no teatro.
Avanzi nasceu no dia 7 de novembro de 1922, em São José do Rio Preto, SP, quando o Circo Nerino, fundado por seu pai, Nerino Avanzi, fazia temporada na cidade. Cresceu sob a lona do circo e se tornou um artista completo deste universo: acrobata, equilibrista, jóquei, músico, cantor, ator e, por fim, palhaço, o Picolino II. Foi seu pai quem deu vida ao primeiro Picolino. Dedicou-se ao Nerino integralmente por 52 anos, até o até o fim do circo, em setembro de 1964.
No início dos anos de 1980, atuou como palhaço Picolino, no programa Circo do Bambalalão, da TV Cultura. Na década seguinte, como ator, atuou na montagem de O Jardim das Cerejeiras de Tchecov, direção de Élcio Nogueira, com Tônica Carreiro, Renato Borghi, entre outros e no filme Narradores de Javé, de Eliana Café.
Em 2004, revela um novo talento, de memorialista, com o lançamento do livro Circo Nerino, escrito em parceria com Veronica Tamaoki. Também ao lado de Verônica ajudou a fundar o Centro de Memória do Circo, em 2009, em São Paulo.
O velório, como não poderia deixar de ser, foi na Sala Olido, no Centro Cultural Olido, onde fica o Centro de Memória do Circo, que Avanzi fundou.