Redação do Aplauso Brasil (redacao@aplausobrasil.com)

SÃO PAULO- Depois de temporada no Rio de Janeiro, E se elas fossem para Moscou? chega ao SESC Belenzinho, quinta, 17, às 21h30. Baseado na obra As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, a peça faz reflexões sobre os limites entre o teatro e o cinema. A diretora Christiane Jatahy filma a apresentação teatral com a presença do público no teatro e, ao mesmo tempo, edita e projeta as imagens produzidas.No elenco estão Isabel Teixeira, Julia Bernat e Stella Rabello, atrizes que integram a Companhia Vértice. Direção de fotografia e câmera ao vivo: Paulo Camacho.
Cristiane Jatahy é uma diretora de teatro apaixonada por cinema, que sempre mistura as duas linguagens nas suas montagens. Nesse novo trabalho, o público pode escolher se assiste a um espetáculo teatral ou assiste ao resultado das gravações da apresentação.
A trama original é respeitada e a encenação é contemporânea, com um cenário cheio de detalhes e diálogos dinâmicos: As irmãs Olga, Irina, Maria moram com o irmão em uma cidade no interior da Rússia e alimentam o sonho de voltar a Moscou, onde viveram na infância. .O objetivo é que a história encenada e a gravação dessa história tenha a mesma emoção, apesar das linguagens diferenciadas.
Não é teatro filmado, vale ressaltar, pois a obra cinematográfica é editada como acontece em qualquer criação no cinema. Neste sentido, o real e o virtual se misturam. as obras se completam e proporcionam ao espectador uma experiência diferente
A ideia é criar duas obras que se complementem, mas que preservem as características do seu meio de expressão.
No teatro, filmamos, editamos e mixamos ao vivo o que é visto no cinema. Simultaneamente, as duas artes coexistem, e tem a sua força como obra completa em si, mas quando se assiste à peça e ao filme é possível entender o entrecruzamento entre ambas”, conta Christiane Jatahy, que assina adaptação, direção e roteiro do projeto.
Depois das apresentações em São Paulo, vai para a Suiça e frança.
Sobre Christiane Jatahy
Desde 2000, o trabalho da diretora, é voltado para a pesquisa de novas possibilidades cênicas. Em 2001, com a peça Caricias, já explorava a relação do teatro e do cinema mudando o ponto de vista do público como se fosse uma câmera. Em 2004, com a peça Conjugado, integrou documentário e performance. Em 2005 com a peça A falta que nos move ou Todas as histórias são ficção radicalizou na pesquisa entre realidade e ficção e o projeto culminou no filme A falta que nos move filmado em 13 continuas sem interrupção. Em 2009 concebeu o projeto Corte Seco, uma peça editada ao vivo com câmeras de segurança revelando cenas no entorno do teatro. Em 2011, criou Julia uma versão teatral/cinematográfica do texto Senhorita Julia, de August Strindberg. .
Ficha Técnica:
Adaptação, roteiro e edição ao vivo: Christiane Jatahy.
Elenco: Isabel Teixeira, Julia Bernat e Stella Rabello.
Direção de fotografia e câmera ao vivo: Paulo Camacho.
Concepção de cenário: Christiane Jatahy e Marcelo Lipiani.
Direção de arte e cenário: Marcelo Lipiani.
Figurino: Antonio Medeiros e Tatiana Rodrigues.
Direção Musical: Domenico Lancelotti.
Iluminação: Paulo Camacho e Alessandro Boschini.
Músico em cena: Felipe Norkus.
Projeto de som: Denilson Campos.
Diretor de palco: Thiago Katona.
Coordenação técnica vídeo e pintura de arte cenário: Felipe Norkus.
Mixagem ao vivo: Francisco Slade.
Assistente de direção e interlocução artística: Fernanda Bond.
Assistente de cenário e produção de objetos: Paula Vilela.
Consultoria de vídeo: Julio Parente.
Projeto Gráfico: Radiográfico.
Coordenação de produção: Henrique Mariano.
Produção Executiva SP: Roberta Koyama.
Assistentes de produção SP: Laura Salerno e Fernanda Cassola.
Elenco de apoio no filme: Paulo Camacho, Rafael Rocha, Felipe Norkus e Thiago Katona. Colaboração no roteiro: Isabel Teixeira, Julia Bernat, Stella Rabello e Paulo Camacho. Um projeto da Cia Vértice de Teatro.
Co-produção: SESC e Le CENTQU.
Serviço:
E se elas fossem para Moscou?
17/07 a 31/07/2014. Quintas, sextas e sábados, às 21h30. Domingos, às 18h30. A encenação e o resultado da filmagem são apresentados simultaneamente nas Salas de Espetáculos I e II do Sesc Belenzinho Não recomendado para menores de 18 anos. Sala de Espetáculos I.
R$ 25,00 (inteira); R$ 12,50 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 5,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).