Michel Fernandes, do Aplauso Brasil (michel@aplausobrasil.com)

Aproveitei apenas o final, cheguei a tempo das duas últimas rodadas de perguntas, da mesa formativa do II Encontro de Teatro de Mauá. O convidado, o dramaturgo Luís Alberto de Abreu, elucidou algumas lacunas obscuras que a Brava Cia. de Teatro deixara no debate anterior – como as responsabilidades do governo em movimentar o panorama artístico por meio de Políticas Culturais mais eficazes e a negação de pertencer à classe artística, definindo-se como partícipes da classe dos trabalhadores.
A postura de Luís Alberto de Abreu, um dos principais nomes da dramaturgia brasileira, mostrou-se mais madura, serena. Ele acredita que os artistas devem agir na resolução de seus problemas e não simplesmente esperar que o governo e as políticas culturais resolvam questões de respeito ao universo das artes.
Contudo, necessitava fazer a provocação que dá título ao artigo: o Teatrão. Seria ele um famigerado vilão ou vítima de preconceitos?
O Dicionário de Teatro Brasileiro deixa de lado o sentido pejorativo utilizado por grande parte da classe artística e

demarca o verbete Teatrão que, segundo a publicação, seria sinônimo de peça bem acabada.
Abreu é mais cuidadoso ao lidar com o tema, considerando seus aspectos negativos como também a dose pejorativa que a palavra carrega.
E você tem medo do Teatrão? Deixe aqui seu comentário.