Kyra Piscitelli, do Apaluso Brasil (kyra@aplausobrasil.com)

CURITIBA – O Festival de Teatro de Curitiba acaba a 25ª edição neste domingo (03). Um dos espetáculos escolhidos para fechar a mostra é Nordestinos. Aos artistas residentes no Rio de Janeiro ficou a missão de representar a região do país, que neste ano não tem uma peça na mostra oficial.
Nordestinos, aliás, não é só um espetáculo. É um projeto transmídia que inclui além da peça, um livro, já lançado, e um documentário, que deve ser exibido a partir de 8 de outubro deste ano, dia nacional do nordestino.
O projeto parte de depoimentos reais de migrantes Nordestinos que foram para São Paulo ou Rio de Janeiro em busca da cidade dos sonhos. O espetáculo faz menção à pesquisa com cartas enfeitando e complementando o cenário de Nordestinos.
Os atores em cena misturam as suas histórias, com as das cartas e a de conhecidos. Os atores Alexandre Lino, Erlene Melo, Paulo Roque e Rose Germano conhecem de perto o que é ser migrante. Todos saíram do nordeste brasileiro para tentar a sorte no Rio de Janeiro. Assim como o diretor da peça Tuca Andrada.
Em cena, diretor e atores estão dando voz a suas outras histórias e a outros migrantes que não têm essa porta aberta. Ao assistir o espetáculo é fácil identificar na plateia os olhares marejados de espectadores que se sentem representados ali. Enxergam seus sonhos e história, e não só os Nordestinos, mas todos que tiveram essa coragem de se jogar rumo ao desconhecido.
Claro, que o Nordeste está todo representado no espetáculo com várias referências aos costumes, como as músicas. Mas, não é só a parte boa que é retratada. O espetáculo traz também os preconceitos e as crueldades que os grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro expõem a gente migrante. E nesse ponto o espetáculo é universal.
Nordestinos é a prova de que é possível partir do local para o que é universal. A dramaturgia de Walter Daguerre consegue unir humor e leveza a temas, às vezes, doloridos e espinhosos.
O documentário Nordestinos, inclusive, foi filmado durante as apresentações do espetáculo no Rio de Janeiro. Dessa forma, a peça se mostrou uma obra viva, razão do próprio fazer teatral. E é essa realidade unida a ficção mostrada no o palco, no livro e no cinema que quebrou as barreiras do eixo Rio – São Paulo para aterrissar em Curitiba.
A partir daí,o espetáculo começa uma turnê pelo Brasil e pretende, antes do final de 2016, ter espaço no placo paulistano, um dos berços dessas histórias que ecoam nos Nordestinos e migrantes.
Local: Sesc da Esquina
Endereço: Av Visconde do Rio Branco, 969 Centro
Argumento e Idealização: Alexandre Lino.
Assessoria de Imprensa:Ney Motta.
Assessória Jurídica:André Siqueira.
Assistente de Direção e Dramaturgia: Fabrício Branco.
Cenário e Figurinos: Karlla De Luca.
Design Gráfico:Guilherme Lopes Moura.
Direção: Tuca Andrada.
Direção de Produção:Alexandre Lino.
Direção Musical:Alexandre Elias.
Dramaturgia: Walter Daguerre.
Elenco: Alexandre Lino, Erlene Melo, Paulo Roque e Rose Germano.
Fotógrafo: Janderson Pires.
Iluminação: Renato Machado.
Preparação Corporal e Movimento: Paula Feitosa.
Produção Executiva:Daniel Porto.
Realização: Cineteatro Produções.
Revisora Textual: Yonara Costa.
Stan-in: Natália Régia.
Companhia: Cineteatro Produções
Gênero: Comédia documental
Acompanhe a reta final do Festival de Curitiba: http://festivaldecuritiba.com.br/
Saiba mais sobre Nordestinos: https://www.facebook.com/nordestinoscontesuahistoria/?fref=ts