Michel Fernandes, do Aplauso Brasil (michel@aplausobrasil.com.br)

SÃO PAULO – A manhã desta segunda-feira (20) ficará gravada definitivamente na mente de artistas, jornalistas, críticos de teatro e, também, ao público amante do teatro musical. É que, Paulo Scaf, presidente da FIESP e SESI-SP , apresentou, no Teatro Popular do SESI, o Projeto Educacional SESI-SP em Teatro Musical, maciço investimento educativo-artístico da entidade neste gênero em constante expansão no país, que ganha desenvolvimento em três etapas, sendo todas elas gratuitas.
Embora nossa vocação musical seja evidente, as operetas e a revista musical são protagonistas de poucos estudos com força redentora, caso das profícuas pesquisas empreendidas por Neyde Veneziano e Flora Süssekind, de um teatro considerado inferior, raso, arte sem importância. E elas, as revistas e operetas, são a gênese do Teatro Musical e, talvez por isso, nossa intelligentsia não tenha dado aos musicais devida importância.
Diante destes fatos, entende-se o entusiasmo do ator Cleto Baccic, ator de relevo na recente saga dos musicais (Cats e Mamma Mia, por exemplo) e responsável pela produtora Atelier de Cultura, consultora do projeto. Sara Sarres, Saulo Vasconcelos, Floriano Nogueira, Vivian Albuquerque, Christina Trevisan e Carlos Bausys também participaram da consultoria realizada nas melhores universidades americanas e londrinas na formação profissional de artistas aptos ao teatro musical e, desse trabalho, surgiram as atividades educativas do projeto, divididas em vivências em teatro musical, oferecidas aos alunos da rede SESI-SP/ FIESP, e de um curso de formação de atores em Teatro Musical com três anos de duração.

E com o objetivo de formar plateias, o ator e diretor Miguel Falabella assina a direção e adaptação de A Madrinha Embriagada (The Drowsy Chaperone) musical com Stella Miranda, Saulo Vasconcelos, Cleto Baccic, Paula Capovilla, Ivan Parente, Andrezza Massei, entre outros, com oito sessões semanais, todas elas gratuitas, durante onze meses, para garantir cerca de 150 mil pessoas na plateia.
Miguel Falabella, defensor da propagação de superproduções musicais para o grande público, saúda a proposta homenageando a cidade de São Paulo.
“Resolvi adaptar a peça que se passa nos anos 1920 utilizando a efervescência cultural que a pauliceia vivia na época”, concluiu.