Nanda Rovere, do Aplauso Brasil (Nanda@aplausobrasil.com.br) – Atualizado em 28/07, às 19h24

SÃO PAULO – Três Dias de Chuva estreia sexta (26) às 21h30, no Teatro Raul Cortez. Texto de Richard Greenberg. Direção, tradução e adaptação de Jô Soares. Elenco: Carolina Ferraz, Otávio Martins e Petrônio Gontijo. Desenho de luz de Maneco Quinderé. Cenografia assinada por Marco Lima, trilha sonora de Eduardo Queiroz e Ricardo Severo e figurino de Fabio Namatame.
O escritor americano Richard Greenberg foi indicado em 1997 ao Prêmio Pulitzer pelo texto Três Dias de Chuva, O texto será encenado pela primeira vez no Brasil.
Segundo Jô Soares, o autor escreve peças de teatro e textos para a TV com sucesso de público e crítica.
O diretor conheceu Três Dias de Chuva pelas mãos de Otávio Martins, que é apaixonado pela obra e foi o idealizador do projeto.
A história é dividida em dois ator. No primeiro, a trama acontece em 1995 e os atores interpretam os filhos dos personagens que aparecerão no segundo ato, que acontece em 1960.
O texto fala de problemas universais e trata de relações familiares que independem de tempo, classe social e país. ¨Fala do ser humano e das diferenças que podem
acontecer entre pais e filhos pelo fato de serem de diferentes gerações, sinaliza Jô Soares.
Martins completa que o grande atrativo do texto é que ele dispensa o psicologismo e parte para diálogos diretor e com o seus conteúdos subentendidos.
Jô classifica a peça como ¨fascinante ¨ e conta que a peça é uma comédia romântica que fala sobre a relação entre jovens, apesar de conter cenas dramáticas.
No primeiro ato, que se passa em 1995, é mostrada a trajetória do jovem Walker (Otávio Martins), sua irmã Anna (Carolina Ferraz) e o amigo Pip (Petrônio Gontijo), filhos de dois grandes e renomados arquitetos, Ned (Otávio) e Theo (Petrônio). Com a morte de Ned, os filhos se reúnem para a leitura do testamento. Descobrem que parte da herança é dada a Pipe não aceitam a decisão, acusando-o de ter sido um pai ausente.
No segundo ato, que se passa em 1960, o jovem Ned e seu sócio Theo sonham com o sucesso como arquitetos. Os sonhos de ambos começam a desmoronar quando Ned se

apaixona por Lina (Carolina Ferraz), a namorada de seu sócio.
A interpretação é realista e a direção de Jô Soares foi concebida a partir do que Greenberg propõe.
Martins ressalta que Jô começou a dirigir já na tradução e conseguiu entender com maestria o humor do autor e transpor para o palco os dilemas que a obra apresenta.
Jô credita que a sua experiência com o filho autista contribui para que as suas percepções sejam mais sensíveis, mas afirma¨ a observação entre pais e filhos você faz não somente dentro de casa, mas fora também.
Diz que é um observador do cotidiano e isso lhe dá subsídios para que as relações humanas sejam mostradas com veracidade.
Atores e diretor estão felizes com o resultado do trabalho e com a convivência amistosa nos ensaios.
Três Dias de Chuva marca a volta do ator Petrônio Gontijo aos teatro. Ele não pisava nos palcos há cinco anos e ficou encantado como o autor trata da dificuldade que uma geração tem de passar de uma para outra como os fatos realmente aconteceram no passado.
Para Carolina Ferraz, o sua participação na montagem é prazerosa sobretudo devido a oportunidade de conhecer a técnica de direção de Jô Soares.
A chuva que permeia a rotina dos personagens é sugerida através da luz, figurinos molhados e de ruídos.
O cenário é um quarto personagem e ambienta a ação num loft abandonado. É o mesmo cenário para as duas épocas, mudando somente o estado de conservação do imóvel.
Um diferencial é que o cenário tem teto, permitindo que a luz incida de várias maneiras no palco e contribuam para que o clima chuvoso se torne mais intenso.
Ficha técnica:
Texto: Richard Greenberg
Tradução e Adaptação: Jô Soares
Direção : Jô Soares
Elenco: Carolina Ferraz | Otávio Martins | Petrônio Gontijo
Assistente de direção: Carol Bastos
Desenho de Luz : Maneco Quinderé
Cenografia: Marco Lima
Trilha Sonora: Eduardo Queiroz e Ricardo Severo
Figurino: Fabio Namatame
Fotografia: Priscila Prade
Direção de Produção: Ed Júlio
Produção Executiva: Gabriel de Souza
Realização: Baobá Produções Artísticas
Serviço:
Três Dias de Chuva
Teatro Raul Cortez (520 lugares)
Rua Dr. Plínio Barreto 285 – Bela Vista
Bilheteria: 3254 1700
Estacionamento do teatro – R$ 19,00
Vendas:4003.1212 – www.ingressorapido.com.br
Sexta 21h30 | Sábado 21h | Domingo 19h
Ingressos: Sexta e Domingo R$ 60 | Sábado R$ 70
Duração: 85 minutos
Recomendação: 14 anos
Gênero: comédia romântica
Pré-estreia imprensa e convidados: quinta-feira, dia 25, às 21h30.
Estreia dia 26 de Julho de 2013
Temporada: até 16 de dezembro de 2013
http://www.tresdiasdechuva.com.br/