Maria Lúcia Candeias*, especial para o Aplauso Brasil (aplauso@gmail.com)

SÃO PAULO – A Cia. Razões Inversas comemorou seus 21 anos com novo espetáculo A Ilusão Cômica, de Raciné (que já saiu de cartaz), e, agora, retoma um grande sucesso do grupo, desde 1990 – imperdível até pra quem já assistiu –: A Bilha Quebrada, do pré-romântico alemão Heirich Von Kleist, encenada pela primeira vez em 1811. É de morrer de rir, mostrando-nos que depois de tantos anos, continua muito atual. A direção é assinada por Márcio Aurélio, criador do grupo e de suas montagens, o encenador mais premiado de sua geração (Mambembe, Molière que já não existem mais, assim como APCA e Shell entre outros).
Ele sempre soube selecionar os atores (muitos dos quais ex-alunos seus na Unicamp) e os dessa peça não são exceção: Seu elenco constante (Joca Andreazza e Paulo Marcello) e, além deles, Antônio de Campos, Lavínia Pannunzio, Maria Stella Tobar e Regina França, assim como os menos conhecidos: Gonzaga Pedrosa, Júlio Machado e Renata Araujo. Todos arrasando em seus papéis pra lá de divertidos.
Márcio assina ainda cenário, figurinos (auxiliado em detalhes por Helô Cardoso) e iluminação. Você poderá ter o prazer de vê-los em cena no Espaço dos Parlapatões até dezembro, e no próximo ano, o grupo porá em cartaz no mesmo teatro, outros sucessos como Agreste e Anatomia Frozen que voltam depois de terem recebido inúmeros prêmios.

Não perca tempo, sugiro que vejam todos.
A Bilha Quebrada – Espaço Parlapatões (Praça Franklin Roosevelt, 158). Tel. (011) 3258-4449. Sáb., às 21 h; dom., às 20 h. R$ 40. Até 11/12.
*Doutora em teatro pela USP e Livre-Docente pela Unicamp